Joias apreendidas iriam para o acervo da Presidência, diz gestão de Bolsonaro - BLOG DO GERALDO ANDRADE

Joias apreendidas iriam para o acervo da Presidência, diz gestão de Bolsonaro

 

O ex-presidente Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no Aeroporto Internacional de Doha, em 2021 ISAC NÓBREGA/PR - 17.11.2021

As joias de diamante apreendidas pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos em outubro de 2021 com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) seriam incorporadas ao acervo da Presidência da República, afirmam integrantes do governo do ex-presidente. Eles descartam a possibilidade de que os objetos seriam um presente à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.


As pedrarias, avaliadas em R$ 16,5 milhões, foram um presente do governo da Arábia Saudita. O ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque as recebeu durante viagem oficial ao país do Oriente Médio, para a qual Bolsonaro foi convidado, mas enviou o ex-ministro no lugar dele. No retorno para o Brasil, as joias foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque.




O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro

Joias avaliadas em R$ 16,5 milhões e

escultura dourada de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros estão entre os

objetos apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP), em outubro

de 2021, com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os objetos, estão

um colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante avaliados em € 3

milhões, o equivalente a R$ 16,5 milhões. As pedrarias foram dadas pelo governo da Arábia Saudita e recebidas pelo ex-ministro de Minas e Energia

Bento Albuquerque durante viagem oficial ao país do Oriente Médio, para a qual

Bolsonaro foi convidado, mas enviou Bento no lugar deles.


 

No retorno ao Brasil, as joias

foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque. Ao checar o conteúdo de uma mochila, os fiscais se depararam com a escultura de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros, com as patas quebradas.

A escultura foi entregue a

Albuquerque em 22 de outubro de 2021, no encerramento da reunião bilateral,

seguida de almoço de trabalho, com o princípe Abdulaziz Bin Salman Bin

Abdulaziz Al Saud, ministro de Energia do Reino da Arábia Saudita.

Os fiscais ainda encontraram outro objeto na bagagem do ex-assessor de Albuquerque. No Brasil, é obrigatória a declaração ao Fisco de qualquer bem que entre no país cujo valor seja superior a US$ 1 mil. A retirada formal e correta das joias apreendidas pela Receita Federal, neste caso, custaria R$ 12,3 milhões.

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro

Joias avaliadas em R$ 16,5 milhões e

escultura dourada de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros estão entre os

objetos apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP), em outubro

de 2021, com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).


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Joias avaliadas em R$ 16,5 milhões e

escultura dourada de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros estão entre os

objetos apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP), em outubro

de 2021, com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os objetos, estão

um colar, anel, relógio e um par de brincos de diamante avaliados em € 3

milhões, o equivalente a R$ 16,5 milhões. As pedrarias foram dadas pelo governo da Arábia Saudita e recebidas pelo ex-ministro de Minas e Energia

Bento Albuquerque durante viagem oficial ao país do Oriente Médio, para a qual

Bolsonaro foi convidado, mas enviou Bento no lugar deles.


 

No retorno ao Brasil, as joias

foram identificadas dentro da bagagem de um assessor de Albuquerque. Ao checar o conteúdo de uma mochila, os fiscais se depararam com a escultura de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros, com as patas quebradas.

A escultura foi entregue a

Albuquerque em 22 de outubro de 2021, no encerramento da reunião bilateral,

seguida de almoço de trabalho, com o princípe Abdulaziz Bin Salman Bin

Abdulaziz Al Saud, ministro de Energia do Reino da Arábia Saudita.

Os fiscais ainda encontraram outro objeto na bagagem do ex-assessor de Albuquerque. No Brasil, é obrigatória a declaração ao Fisco de qualquer bem que entre no país cujo valor seja superior a US$ 1 mil. A retirada formal e correta das joias apreendidas pela Receita Federal, neste caso, custaria R$ 12,3 milhões.

O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro

Joias avaliadas em R$ 16,5 milhões e escultura dourada de um cavalo de aproximadamente 30 centímetros estão entre os objetos apreendidos pela Receita Federal no aeroporto de Guarulhos (SP), em outubro de 2021, com um assessor que trabalhou durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).


Material cedido ao R7


Em ofício elaborado poucos dias após a apreensão, o Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República afirmou que "os presentes recebidos pelo senhor ministro de Estado de Minas e Energia na qualidade de representante do presidente da República, por ocasião da visita oficial a Riade, Reino Unido da Arábia Saudita, enquadram-se na condição de encaminhamento para análise quanto à incorporação ao acervo privado do presidente da República ou ao acervo público da Presidência da República".


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Neste sábado (4), em nota enviada à imprensa, Albuquerque também afirmou que as joias passariam a compor o acervo do Estado e não seriam entregues a Michelle. No comunicado, o ex-ministro destacou que os objetos "tratavam-se [sic] de presentes institucionais destinados à Representação brasileira integrada por Comitiva do Ministério de Minas e Energia — portanto, do Estado brasileiro; e que, em decorrência, o Ministério de Minas e Energia adotaria as medidas cabíveis para o correto e legal encaminhamento do acervo recebido".


"Quando da chegada da Comitiva do Ministério de Minas e Energia ao Brasil, sem tentar induzir, influenciar ou interferir nas ações adotadas por representantes da Receita Federal, o ministro se ateve a externar as explicações decorrentes, necessárias à perfeita elucidação da origem dos itens recebidos", diz a nota.



A ex-primeira dama se manifestou pelas redes sociais e disse desconhecer que as joias seriam um presente para ela. "Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo, hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa impressa [sic] vexatória."


A despeito das manifestações da gestão de Bolsonaro de que os diamantes iriam para o acervo da Presidência, as joias continuam apreendidas pela Receita Federal. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prometeu uma investigação sobre o caso.


"Fatos relativos a joias, que podem configurar os crimes de descaminho, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros possíveis delitos, serão levados ao conhecimento oficial da Polícia Federal para providências legais. Ofício seguirá na segunda-feira", afirmou ele em uma rede social.



Fonte: R7