Foto: Montagem/Polêmica Paraíba
Foto: Montagem/Polêmica Paraíba

Você sabe o que os deputados federais realmente fazem? Para responder a essa pergunta com base em dados objetivos, o portal Polêmica Paraíba analisou a atuação dos parlamentares da Paraíba nos meses de julho, agosto e setembro, com base em informações oficiais do portal da Câmara dos Deputados.

O levantamento avaliou critérios como produtividade legislativa, frequência nas sessões, discursos no plenário, impacto social das propostas presença na mídia e gastos com cota parlamentar. As informações serviram de base para a nota final de cada deputado.

A seguir, vamos explicar os critérios de avaliação para apresentar os melhores colocados neste ranking.

Critérios de avaliação

A pontuação de cada deputado se baseou em sete indicadores objetivos, todos avaliados com notas de 0 a 10. No entanto, o ranking tem caráter subjetivo e não possui validade científica, servindo apenas como instrumento de análise e divulgação para facilitar a compreensão do desempenho parlamentar pela população.

Ressaltamos que, após a conclusão e publicação desta matéria, os números apresentados podem ter sofrido alterações no site da Câmara. Todos os dados utilizados são de responsabilidade da Casa Legislativa.

Matérias apresentadas

Para avaliar a produção dos deputados, o Polêmica Paraíba considera tanto a quantidade quanto a qualidade das matérias apresentadas. Projetos de Lei (PL) são o principal critério: se ao menos 10% das proposições forem PL, o deputado recebe nota 10. Caso não atinja esse percentual, a pontuação é proporcional à meta.

Presenças em sessões e votação

Já com relação às presenças, tudo será calculado usando a proporção entre o total de sessões do trimestre e a frequência de cada parlamentar. Será feita uma divisão igual do número de sessões para saber quantos pontos o político obteve com a presença em cada uma. Quando estiver ausente, não somará pontos, e se tiver uma ausência justificada, receberá a metade do que receberia caso estivesse presente.

Assim, por exemplo, se durante o período avaliativo aconteceram 15 sessões e o político participou de todas, naturalmente terá nota 10. Caso um deputado tenha ido para sete sessões, terá nota 4,66. Se um terceiro deputado tivesse ido para também sete sessões, mas justificado três de suas ausências, teria nota 5,66.

A conta é a seguinte: como cada presença ‘equivale’ a 0,66 ponto, já que foi dividido a nota máxima 10 pelo total de sessões 15, esse deputado terá a nota 4,66 pelas presenças (multiplica 7 por 0,66). Já uma ausência justificada ‘equivale’ a 0,33 ponto, a metade de uma presença. Como ele teve três ausências justificadas, terá nota 1 por elas. No fim, é somado o 4,66 com 1 para obter a nota final 5,66.

A mesma contabilidade, com os mesmos critérios, será feita para calcular a presença e ausência em votações.

Pronunciamentos

atuação dos deputados da Câmara também foi levada em conta pelo Polêmica Paraíba. Foram contabilizados os pronunciamentos feitos durante os três meses. A meta mínima definida pelo Polêmica foi de 10 neste período.

Quem atingiu ou ultrapassou essa meta recebeu nota máxima (10 pontos). Já os que participaram menos tiveram a nota calculada proporcionalmente.

Apresentação de proposta de impacto social positivo

Para alcançar a nota máxima (10) nesse critério, ao menos 20% das propostas apresentadas pelo deputado devem tratar de áreas sociais, como saúde, educação, assistência social e combate à pobreza.

Se a meta não for atingida, a pontuação é calculada proporcionalmente. Em caso de empate, o número total de propostas sociais apresentadas serve como critério de desempate.

Presença na mídia com suas propostas

A pontuação considera menções diretas aos deputados em pautas de destaque, registradas em portais de notícias do Estado.

A nota máxima (10) é atribuída a quem tiver ao menos 5 menções relevantes no mês; abaixo disso, a nota é calculada proporcionalmente.

Gastos com cota parlamentar

Por último, estão os gastos com a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP), que é o valor destinado ao ressarcimento de despesas dos deputados efetuadas no exercício da atividade parlamentar. A despesa realizada pelo parlamentar é ressarcida pela Câmara dos Deputados, mediante comprovação e até o valor limite mensal estabelecido.

Esse valor varia para cada estado, e está atualmente fixado em R$ 47.826,36 para os paraibanos. A cota é acumulativa, ou seja, se no fim de um mês existir saldo remanescente, o deputado pode usar esse montante restante em outro mês subsequente. Por isso, pode acontecer de em um mês o político ter ultrapassado o valor mensal.

Como são três meses de avaliação, para este critério, o limite mensal fixo será multiplicado por três, totalizando R$ 143.479,08. Se a soma do que ele gastou nos três meses superar essa conta anterior, sua nota será zero. Ele irá obter pontos proporcionalmente a quanto economizou no período.

Por exemplo, supondo que um deputado gastou R$ 150 mil no somatório dos três meses, como ultrapassou o limite de R$ 143.479,08, sua nota será zero. Mas caso ele tenha gasto R$ 80 mil, terá consequentemente economizado R$ 63.479,08, e sua nota será 4,42 (o valor economizado representa 44,2% do montante de R$ 143.479,08).

Confira os dados dos deputados referentes ao terceiro trimestre de 2025:

1. Luiz Couto (PT) – nota 8,59

Pontuação em ordem:

• 92 matérias apresentadas, sendo 10 Projetos de Lei: nota 10

• Presença em 33 sessões de um total de 33: nota 10

• 20 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 10

• 9 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 16 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 121.738,26 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 21.740,82): nota 1,52

Nota final: 8,59

2. Wilson Santiago (Republicanos) – nota 7,89

Pontuação em ordem:

• 15 matérias apresentadas, sendo 1 Projetos de Lei: nota 6,67

• Presença em 33 sessões de um total de 33: nota 10

• 11 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 10

• 1 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 16 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 133.746,80 ao longo do trimestre, acima de R$ R$ 143.479,08 (economizou R$ 9.732,28): nota 0,68

Nota final: 7,89

3. Romero Rodrigues (Podemos) – 7,33

Pontuação em ordem:

• 42 matérias apresentadas, sendo 12 Projetos de Lei: nota 10

• Presença em 33 sessões de um total de 33: nota 10

• 4 pronunciamento durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 4

• 12 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 15 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 152.049,43 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (déficit de R$ 8.570,35): nota 0

Nota final: 7,33

4. Mersinho Lucena (Progressistas) – nota 7,17

Pontuação em ordem:

• 34 matérias apresentadas, sendo 3 Projetos de Lei: nota 8,82

• Presença em 32 sessões de um total de 33 (1 ausência justificada): nota 9,85

• 2 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 2

• 3 OLPs relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 19 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 109.562,34 ao longo do trimestre, abaixo de R$ R$ 143.479,08 (economizou R$ 33.916,74): nota 2,36

Nota final: 7,17

5. Cabo Gilberto (PL) – 7,14

Pontuação em ordem:

• 679 matérias apresentadas, sendo 8 Projetos de Lei: nota 1,18

• Presença em 33 sessões de um total de 33: nota 10

• 196 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10 ): nota 10

• 7 OLPs relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 23 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

Nota final: 7,14

6. Ruy Carneiro (Podemos) – nota 7,10

Pontuação em ordem:

• 30 matérias apresentadas, sendo 1 Projetos de Lei: nota 3,33

• Presença em 28 sessões de um total de 33 (5 justificativas): nota 9,24

• 10 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 10

• 1 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 19 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 176.039,90 ao longo do trimestre, abaixo de R$ R$ 143.479,08 (déficit R$ 32.560,82.): nota 0

Nota final: 7,10

7. Murilo Galdino (Republicanos) – nota 7,07

Pontuação em ordem:

• 24 matérias apresentadas, sendo 5 Projetos de Lei: nota 10

• Presença em 31 sessões de um total de 33: nota 9,39

• 1 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 1

• 5 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 10

• 17 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 114.707,11 ao longo do trimestre, abaixo de R$ R$ 143.479,08 (economizou R$ 28.771,97): nota 2,01

Nota final: 7,07

8. Hugo Motta (Republicanos) – nota 5,20

Pontuação em ordem:

• 2 matérias apresentadas, sendo 0 Projetos de Lei: nota 0

• Presença em 33 sessões de um total de 33: nota 10

• 52 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 10

• 0 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 0

• 25 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 126.034,20 ao longo do trimestre, acima de R$ 143.479,08 (economizou R$ 17.444,88): nota 1,22

Nota final: 5,20

9. Gervasio Maia (PSB) – nota 3,54

Pontuação em ordem:

• 18 matérias apresentadas, sendo 0 Projetos de Lei: nota 0

• Presença em 33 sessões de um total de 33: nota 10

• 0 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 0

• 0 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 0

• 12 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 125.378,75 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 18.100,33): nota 1,26

Nota final: 3,54

10. Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) – nota 3,51

Pontuação em ordem:

• 5 matérias apresentadas, sendo 0 Projetos de Lei: nota 0

• Presença em 25 sessões de um total de 33 (8 justificativas): nota 8,79

• 0 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 0

• 0 OLPs relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 0

• 13 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 110.834,45 ao longo do trimestre, abaixo de R$ R$ 143.479,08 (economizou R$ 32.644,63): nota 2,28

Nota final: 3,51

11. Dr. Damião (União Brasil) – nota 3,03

Pontuação em ordem:

• 11 matérias apresentadas, sendo 0 Projetos de Lei: nota 0

• Presença em 23 sessões de um total de 33 (4 justificativas): nota 7,58

• 0 pronunciamento durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 0

• 0 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 0

• 12 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 134.921,17 ao longo do trimestre, abaixo de R$ 143.479,08 (economizou R$ 8.557,91): nota 0,60

Nota final: 3,03

12. Wellington Roberto (PL) – nota 2,90

Pontuação em ordem:

• 9 matérias apresentadas, sendo 0 Projetos de Lei: nota 0

• Presença em 20 sessões de um total de 33 (9 justificativas): nota 7,42

• 0 pronunciamentos durante os três meses (‘meta’ é 10): nota 0

• 0 PL relacionados às áreas sociais como saúde, educação, assistência social, acessibilidade, combate à pobreza: nota 0

• 15 menções públicas relevantes em veículos de comunicação: nota 10

• Gastou R$ 152.578,73 ao longo do trimestre, acima de R$ R$ 143.479,08 (déficit de R$ 9.099,65): nota 0

Nota final: 2,90


Fonte: Polêmica Paraíba