Por unanimidade, STF decide tornar réus 10 denunciados do 'núcleo 3' e rejeitar denúncia contra 2 militares - BLOG DO GERALDO ANDRADE

Por unanimidade, STF decide tornar réus 10 denunciados do 'núcleo 3' e rejeitar denúncia contra 2 militares

 A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu de forma unânime, nesta terça-feira (20), tornar réus mais 10 acusados de integrar a trama golpista que tentava manter o então presidente Jair Bolsonaro no poder, apesar da derrota nas eleições de 2022.

Os ministros acompanharam o voto do relator, Alexandre de Moraes.

Ele acolheu parcialmente a denúncia, pois afirmou que não há elementos suficientes para tornar réus dois militares: o coronel da reserva Cleverson Magalhães e o general Nilton Diniz Rodrigues.

🔎Esta foi a primeira vez que o Supremo rejeitou uma denúncia contra os acusados pela PGR no inquérito do golpe.

Com a decisão desta terça, se tornaram réus:

  • general Estevam Gaspar de Oliveira
  • tenente-coronel Hélio Ferreira Lima
  • tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira
  • tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo
  • Wladimir Matos Soares, agente da Polícia Federal (PF)
  • coronel Bernardo Romão Corrêa Netto
  • coronel Fabrício Moreira de Bastos
  • coronel Marcio Nunes de Resende Júnior
  • tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Medeiros
  • tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior

A denúncia foi rejeitada nos casos de:

  • coronel da reserva Cleverson Ney Magalhães
  • general Nilton Diniz Rodriguez

Desde março, a Primeira Turma do STF tornou réus 31 dos 34 denunciados.

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Como foi o julgamento

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) julgou nesta terça-feira (20) as denúncias contra 11 militares e um policial federal do chamado "núcleo 3", de ações táticas.

Moraes é o relator do caso, portanto, foi o primeiro a se manifestar. Ele foi acompanhado pelos ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cámen Lúcia e Cristiano Zanin.

➡️A lista inclui os "kids pretos" — também chamados de "forças especiais" (FE) —, militares da ativa ou da reserva do Exército, especialistas em operações especiais.

Segundo a Polícia Federal, entre as ações elaboradas pelos indiciados neste grupo havia um "detalhado planejamento operacional, denominado 'Punhal Verde e Amarelo', que seria executado no dia 15 de dezembro de 2022" para assassinar os já eleitos presidente Lula e vice-presidente Geraldo Alckmin.

Alexandre de Moraes durante leitura de seu voto na 1ª Turma do STF — Foto: Antonio Augusto/STF

Alexandre de Moraes durante leitura de seu voto na 1ª Turma do STF — Foto: Antonio Augusto/STF