Geral
Sob ataque do varejo, bets despejarão R$ 2 bilhões no futebol em 2025
16/11/2024 07h10
Rafaela Araújo/Folhapress
As bets investirão R$ 2 bilhões no próximo ano em cotas de patrocínio e publicidade no futebol, sinaliza acirramento de rixa travada com as redes do varejo, que vêm perdendo essa competição diante dos elevados custos cobrados após a entrada das casas de apostas.
Dados da ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias), que reúne 21 empresas do setor, mostram que, em 2025, o montante será aportado em clubes, federações, transmissões e propaganda em geral.
A competição tem gerado reação do varejo contra as bets em ringues diversos, como a Justiça e a recém-instaurada CPI no Senado, ante a perda de cotas de patrocínio e publicidade no futebol.
Nas transmissões de TV, carro-chefe do Brasileirão, os direitos de nome passaram, após seis anos, do atacadista Assaí para a Betano.
Os aportes programados pelas bets em cada segmento mostram o tamanho dos interesses envolvidos. Serão R$ 320 milhões na TV aberta e R$ 150 milhões na fechada; R$ 100 milhões em mídias digitais e R$ 35 milhões no rádio.
Os clubes de futebol, que se alinharam na defesa da permanência da legislação que libera as bets, receberão R$ 600 milhões e as federações, outros R$ 160 milhões. Os gastos em placas de estádio vão ultrapassar R$ 790 milhões.
Principal entidade do varejo brasileiro, a CNC (Confederação Nacional do Comércio) ajuizou no Supremo uma ação para declarar a lei das bets inconstitucional. Nesta semana, representantes do segmento abriram fogo contra as companhias de apostas em audiência no Supremo.
Folha de São Paulo
O Pix completa quatro anos de funcionamento neste sábado (16) e já se consolidou como o meio de pagamento instantâneo mais utilizado pelos brasileiros. Lançado em 16 de novembro de 2020, no primeiro dia houve 1,6 milhão de transações, segundo o Banco Central. Quatro anos depois, em um único dia já foi registrado recorde de 227 milhões de transações.
Mas a média diária registrada em setembro foi de 184 milhões de transações via Pix. Quase metade delas (48%) é entre pessoas físicas e 40%, para empresas. “O Pix não é só popular, mas ele se tornou uma ferramenta indispensável”, afirmou Renato Gomes, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, durante live.
Além disso, atualmente existem 154 milhões de pessoas físicas com chaves cadastradas no Pix, enquanto a população de adultos do país é de 160 milhões. “Quase todo adulto do país tem uma chave Pix, faltam 6 milhões e nós queremos trazer esses 6 milhões para utilizar o Pix também”, acrescentou Gomes.
Expansão
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) estima que o Pix deverá crescer este ano 58,8% em relação a 2023 e movimentar R$ 27,3 trilhões. Projeção mostra ainda que o número de transações da ferramenta também deverá apresentar expansão de 52,4%, chegando a 63,7 bilhões de operações. Em quatro anos, já somam 121,5 bilhões de transações, atingindo R$ 52,6 trilhões.
Os resultados alcançados pelo Pix neste ano (até 30 de setembro) já ultrapassaram as estatísticas alcançadas pela ferramenta em todo o ano de 2023. Já foram feitas 45,7 bilhões de transações totalizando R$ 19,1 trilhões.
“O Pix foi uma agenda emblemática do Banco Central, algo histórico, e que se somou a outras importantes mudanças que o setor bancário já introduziu no dia a dia das pessoas ao longo dos anos, como os tokens, a internet banking, biometria e o mobile banking. É um sucesso nacional e um exemplo internacional”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban, em nota.
Fonte: R7