No programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o repórter Elmo Lacerda e o cinegrafista Kawã Vitor estiveram na praça e registraram algumas imagens do grupo. Há muitas crianças entre os adultos.
Os venezuelanos utilizam cartazes para pedir ajuda nos semáforos. Depois fazem fogueira para cozinhar os alimentos que recebem por meio de doações. Na praça eles instalaram redes de dormir e colchões.
Juan Perez, de 75 anos, que é um dos mais velhos do grupo, não quis participar ao vivo, mas contou em off que até agora ninguém da Prefeitura de Cajazeiras foi ao local oferecer acolhimento.
Migrantes venezuelanos se instalaram na “Praça do Skate”, em Cajazeiras (Foto: Elmo Lacerda/ TV Diário do Sertão)
Situação na Paraíba, no Brasil e no Mundo
Com o agravamento da crise econômica e social na Venezuela, os venezuelanos continuam deixando seu país de origem para escapar da violência, da insegurança e buscar itens básicos de sobrevivência, como alimentos, remédios e serviços públicos de saúde. Com mais de 5 milhões de venezuelanos vivendo no exterior, a grande maioria em países da América Latina e do Caribe, esta se tornou uma das maiores crises de deslocamento do mundo.
Até 2021, um artigo no portal da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estimava que existia um público de mais de mil venezuelanos na Paraíba. Mais da metade chegou ao país através do Programa Nacional de Interiorização. Mas o Diário do Sertão não conseguiu informações atualizadas sobre essa população de migrantes em 2023.
De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), depois dos Estados Unidos, o Brasil é o segundo destino mais procurado pelos venezuelanos, seguido da Argentina, Espanha, Uruguai e México.
A maioria dos venezuelanos que chega aqui entra pela fronteira com Roraima, segundo a organização Human Rights Watch. Eles solicitam refúgio, uma permissão para permanecer no Brasil na condição de refugiados, o que significa que precisaram deixar o país de origem alegando motivos de perseguição política ou crise humanitária. Também procuram por trabalho temporário e pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Fonte: DIÁRIO DO SERTÃO