Butantan pede uso emergencial da Coronavac no Brasil; esse é o primeiro pedido no país - BLOG DO GERALDO ANDRADE

Butantan pede uso emergencial da Coronavac no Brasil; esse é o primeiro pedido no país

 


O Instituto Butantan pediu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o uso emergencial da Coronavac no Brasil. Esse é o primeiro pedido para utilização da vacina do país.


A Anvisa tem dez dias para analisar o pedido. No entanto, a expectativa é que o órgão avalie em um tempo menor.


O governo de São Paulo, responsável pelo Butantan, já havia anunciado que o início da imunização no estado seria no dia 25 de janeiro. Hoje, o governador João Doria afirmou que o prazo pode ser antecipado.


Doria espera que 9 milhões de pessoas sejam imunizadas nessa primeira etapa, com a aplicação de 18 milhões de doses até o fim de março.


Para os outros estados, como a Paraíba, depende ainda de uma aquisição do imunizante pelo Governo Federal, algo que o presidente Jair Bolsonaro tem dificultado.


É possível ainda que os governos estaduais negociem diretamente com o Butantan e o governo paulista, caso o STF dê independência aos estados e municípios.


Eficácia da Coronavac contra a Covid-19 é de 78%


O Butantan afirmou à Anvisa nesta quinta-feira (7) que a eficácia da Coronavac é de 78%, em casos leves, e de 100% em casos graves e moderados.


A taxa mínima recomendada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é de 50%. Esses dados foram apresentados para a agência em reunião nesta manhã.



No Brasil, a Coronavac foi testada em 16 centros de pesquisa clínica em sete estados e no distrito federal, com cerca de 13 mil voluntários, no total.


No último dia 30, chegou a São Paulo o sexto e último lote do imunizante. No total, quase 11 milhões de doses da vacina já foram entregues ao estado, além de insumos para produção nacional. O Butantan espera produzir 46 milhões de doses no total.


O que é o uso emergencial?


As vacinas para uso emergencial só podem ser usadas em um público alvo pré-definido e durante um prazo pré-determinado.


Por se tratar de uma aprovação não definitiva, o Estado proíbe que as vacinas de uso emergencial sejam ministradas por clínicas privadas. Assim, o poder público se responsabiliza por ela, e apenas o SUS pode aplicar o medicamento.


A vacina só poderá ser usada em caráter definitivo após análise completa de estudos do medicamento e o registro definitivo. Caso aprovada, ela poderá ser usada para a vacinação em massa e pode ser distribuída tanto na rede pública quanto na rede privada.


Fonte: Polêmica Paraíba e CNN

Créditos: Polêmica Paraíba