Prefeito de Uiraúna pode ser expulso do PSDB - BLOG DO GERALDO ANDRADE

Prefeito de Uiraúna pode ser expulso do PSDB



A Executiva Nacional do PSDB informou, nesta terça-feira (14), que vai instaurar um procedimento ético-disciplinar contra o prefeito de Uiraúna, João Bosco Fernandes. O gestor acusado de desviar recursos de obras de combate à seca no município. Conforme a nota divulgada nas redes sociais do partido, o prefeito pode ser expulso da sigla.

João Bosco foi preso suspeito de receber propinas. O Portal MaisPB teve acesso à representação entregue pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou a Operação Pés de Barro, deflagrada em dezembro do ano passado, onde mostra o político guardando propina na cueca. Além dele, o deputado federal Wilson Santiago também foi alvo da ação.

Confira o comunicado do partido. 



Entenda o caso:

Deflagrada em dezembro do ano passado pela Polícia Federal (PF), a Operação Pés de Barro resultou na prisão do prefeito de Uiraúna João Bosco Nonato Fernandes (PSDB), além de busca, apreensão e afastamento do cargo do deputado federal Wilson Santiago (PTB). A ação foi determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de desarticular uma organização criminosa dedicada à realização de pagamentos ilícitos e superfaturamentos de obras no Sertão da Paraíba.

As ordens de busca e apreensão, prisão preventiva e suspensão do exercício de funções públicas foram expedidas pelo ministro Celso de Mello, STF, tendo em vista a previsão constitucional de foro por prerrogativa de função de um dos investigados, o qual ocupa o cargo de deputado federal.

A Polícia Federal chegou pedir a prisão do parlamentar, mas a súplica foi negada pelo ministro.

As investigações da Operação Pés de Barro apuram pagamentos de vantagens ilícitas (“propina”) decorrentes do superfaturamento das obras de construção da “Adutora Capivara”, a qual se trata de um sistema adutor que deve se estender do município de São José do Rio do Peixe ao município de Uiraúna, no Sertão da Paraíba.

As obras contratadas, inicialmente, pelo montante de R$ 24.807.032,95 já teriam permitido, de acordo com as investigações, a distribuição de propinas no valor R$ 1.266.050,67. O inquérito policial federal teve por base uma proposta de colaboração premiada, apresentada pela Polícia Federal e acolhida pelo Ministro Relator no STF.

   
Fonte:Mais PB