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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou nesta sexta-feira (14) soltar Beto Richa (PSDB), ex-governador do Paraná e candidato ao Senado. Também mandou soltar a mulher dele, Fernanda Richa, e mais 13 pessoas.
Richa foi preso nesta semana após operações do Ministério Público do Paraná e da Polícia Federal.
Richa foi preso nesta semana após operações do Ministério Público do Paraná e da Polícia Federal.
Segundo o MP, Richa é suspeito de integrar esquema de propina, direcionamento de licitações de empresas, lavagem de dinheiro e obstrução de Justiça.
Mais cedo, nesta sexta, a defesa de Beto Richa pediu a Gilmar Mendes que soltasse o cliente alegando que o decreto de prisão "é absolutamente nulo".
Os advogados pediram que o ministro concedesse habeas corpus por avaliarem que o juiz que determinou a prisão temporária (5 dias) usou a medida como "substitutivo da inconstitucional medida de condução coercitiva" – a condução coercitiva foi proibida pelo STF.
O ministro Gilmar Mendes, do SUpremo Tribunal — Foto: Carlos Moura/STF O ministro Gilmar Mendes, do SUpremo Tribunal — Foto: Carlos Moura/STF
O ministro Gilmar Mendes, do SUpremo Tribunal — Foto: Carlos Moura/STF
'Notório abuso de poder'
Na última quarta (12), Gilmar Mendes comentou a atuação de procuradores na operação que levou Beto Richa à prisão nesta semana e em ações apresentadas no mês passado à Justiça contra Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, candidatos de PT e PSDB à Presidência da República (clique no nome do candidato para relembrar o caso).
Para Gilmar Mendes, houve "notório abuso de poder" porque ações como essas do Ministério Público em meio à eleição interferem no processo eleitoral e "isso não é bom para a democracia".
Fonte G1